Santiago tem uma oferta interessante e variada de museus, mas para mim o melhor deles é o Museu dos Direitos Humanos (que na verdade se chama Museo de la Memoria y Derechos Humanos) e quem sabe seja um dos melhores museus da América Latina.

O Museu dos Diretos Humanos fica em uma localização bastante privilegiada, na estação de metrô Quinta Normal (linha verde), sim na estação mesmo, ou melhor em um anexo dela e tem entrada gratuita. Lá não é permitido fotografar, mas eu obtive autorização para isso em razão do blog e de uma coleta de dados que estava realizando para uma pesquisa acadêmica.

Cabe salientar que o Museu dos Direitos Humanos trata enfaticamente da memória sobre os fatos que antecederam e procederam ao golpe militar de 1973. Estima-se que a ditadura militar chilena foi uma das mais violentas da América do Sul (40mil vítimas para uma população que não chega a 20 milhões hoje). Dessa forma, este espaço tem essa mensagem como norte de seus trabalhos: relatar os fatos que antecederam ao golpe, a vida durante o período ditatorial e o plebiscito que levou ao fim da era Pinochet (1988 com fim do regime em 1990).

Logo de cara imagina-se, corretamente diga-se de passagem, que um museu dos direitos humanos neste país é mais do que pertinente para que a mensagem chegue a todos: Ditadura nunca mais. E os gestores dele se esmeram com diferentes recursos tecnológicos para alcançarem essa tarefa.
São muitas projeções, fotografias, cartazes, cartas, músicas, áudios em geral, objetos, instalações e toda sorte de documentos que se pode amealhar para tratar desse tema que está no cerne da reconciliação social do Chile. A visita dura em média duas horas.

Por isso visitar esse museu dos direitos humanos é tão importante para todos nós, sul americanos principalmente, pois o que houve no Chile não foi um evento isolado deles, aqui no Brasil tivemos nosso período de ditadura militar (cujo espaço de memória já visitei e o link está aqui ), a Argentina idem (e o seu emocionante e impressionante espaço de memória e direitos humanos já visitei e relatei aqui), o Uruguai que ainda não organizou seu espaço dedicado ao tema, o Paraguai que está organizando seu acervo, e outros vizinhos. Por isso essa mensagem nos interessa a todos, para que não ocorra nunca mais em lugar algum.
Recomendo muito a visita em todos os espaços aqui mencionados, não por serem visitas bonitas e legais, nada disso, mas porque é um exercício educativo necessário. Todos eles são gratuitos, a exceção do de Buenos Aires são todos fáceis de chegar e não requerem agendamento. Além disso, todos lançam mão de muito recurso tecnológico e de interação para adensar a visita. Particularmente o Museu dos Direitos Humanos do Chile está alocado em um prédio construído especialmente para esta finalidade e é muito lindo.
Além disso, como bônus e para arejar as ideias dá para sair do museu, cruzar a rua e passear um pouco no Parque Quinta Normal, onde você pode desfrutar de muita sombra e outros museus.

Em 2013 visitei o Chile com alunos e antes da viagem organizamos um ciclo de filmes sobre o Chile, até tee post no blog sobre o ciclo. E gostaria de recomendar os filmes: No (sobre a campanha publicitária da oposição no plebiscito de 88); Chove sobre Santiago (documentário com imagens da época do bombardeio do Palácio da Moeda em 11 de setembro de 73); e Machuca (sobre o cotidiano no período militar). São todos belíssimo e estimo que todos a disposição no YouTube ou Netflix.

Já viu algum desses filmes? Visitou esse Museu de Direitos Humanos?
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Que prédio tão bonito e tão bem localizado. Adorei que tenha conseguido fotografar. Nunca entendo a razão de não permitirem fotos em alguns museus…
E que passeio tão gostoso e completo o que você sugere no post, conciliando os filmes, o museu e depois uma volta pelo parque, permitindo uma boa reflexão sobre o tema. Adorei. Parabéns!
Aqui a razão é: muitas peças são emprestadas e seus donos não permitem as fotos.
Quem legal, estou com plano sde ir a Santiago, adorei a dica.
Que interessante! Não sabia da existência e certamente vou incluir em uma próxima visita a Santuago. Concirdo plenamente que esse tipo de museu é super importante pra não esquecermos a tristeza que foi essa etapa da nossa história!
É isso aí, ditadura nunca mais.
É muito importante visitar museus como esse pois é uma aula mesmo para quem viveu essa época. Muitas informações foram omitidas, proibidas de circular e ficamos apenas com a “visão autorizada” . Ótimo post e o lugar é muito bonito.
Exato, esse tipo de visita é muito importante
Sou apaixonada em conhecer museus. Ainda não conheço o Chile e não vejo a hora de conhecer! Quem sabe esse ano. Esse museu acabou de entrar na minha lista! rs.
Fico feliz em saber que considera visitar esse lugar tão especial. Beijo
Posso imaginar a emoção de visitar esse lugar. Lembrei muito de seu relato sobre aquele espaço em BAs… sempre tocante entrar em contato com esse difícil período da história de alguns países da América Latina. Quero muito visitar. Obrigada pela dica ????
Obrigada a você pela visita e apoio. Beijinho.
Menina, fiquei 12 dias em Santiago e achei que tinha virado essa cidade de ponta cabeca, mas, acabo de saber da existencia desse museu. Nunca tinha ouvido falar, nao deve ser muito divulgado né? Bom saber… 🙂
Recomendo muito a visita, se pretende voltar. ????
Achei muito bacana permitirem que você fotografasse, assim quem nunca foi a Santiago e nem sabe quando poderá ir pode ter uma ideia desse museu lindo!!!
Pois é, eu pedi autorização e foi rapidinho para obtê-la. Foi bacana mesmo. Besito